Prezados,
Embora todo o desenvolvimento, estudos e aprimoramentos para túneis, e em especial, efeito de vizinhança, seja fundamental na área de engenharia do vento, e são informações complementares às disponíveis na norma NBR 6123, o artigo, que tem um tema importante e cita o software desenvolvido por Thiarly Feitosa Afonso de Lavôr, apresenta inúmeras lacunas, que na opinião desse avaliador, não poderão ser preenchidas para a versão final do trabalho.
Deve-se notar que o texto enviado, em word, não está no formato correto do congresso, pois o texto não possui identação justificada, é citada uma referência no resumo em formato distinto do template, e além disso, não se cita referências em resumo.
Há diversos erros de digitação, é citado um Anexo B que não está no artigo, e há comentários de uma das autoras (Isabella Duarte Rodrigues da Cunha), disponíveis ao longo do texto. Ou seja, parece que o texto não estava finalizado quando foi submetido.
Na parte técnica os autores não citam em qual túnel de vento foi realizado o ensaio experimental, não citam a escala reduzida do modelo, não citam como foi modelado o perfil de velocidades e também não apresentam o gráfico desse perfil. Essas informações são fundamentais para se entender se tudo foi modelado corretamente.
Nas Figuras 9 e 10 são apresentados os resultados obtidos pelos autores do artigo. No entanto, não apresentam a comparação com os resultados mostrados por Melbourne no artigo sobre o CAARC. Por sinal, nem o Melbourne e seu trabalho são citados no artigo. Além da comparação com Melbourne, também deveriam ter mostrado no gráfico o resultado obtido por meio do equacionamento da NBR 6123.
As Figuras 8, 11 e 12 estão com fontes muito pequenas, e a simbologia utilizada nas Figuras 11 e 12 não ajudam a entender os gráficos. O termo IF deveria ser trocado por fv, tal como está na versão em revisão da NBR 6123, ou então, deveria ter sido utilizado o termo Fator de Vizinhança. As abreviações V1D1.. V1D4 não deixam claro no temo o que está sendo medido.
A conclusão também foi tratada de forma superficial. Inicialmente na conclusão é citada a versão em revisão da norma, embora no texto tenham frisado que essa versão não seria utilizado para efeitos de comparação, portanto, não se pode fazer conclusão sobre algo que não está no texto. Usar termos como "significativo" não é quantitativo. Na conclusão deveria haver uma menção clara aos resultados obtidos, as porcentagens de diferenças e, principalmente, no que esse estudo agrega à questão de efeito de vizinhança. Pois, o efeito de vizinhança estudado, é diferente do apresentado na NBR 6123, e esse efeito de vizinhança estudado é o que mais interessa atualmente, devido às verticalização urbana, e à construção de edifícios em regiões densamente verticalizadas.
Dessa forma, embora o tema seja importante, opta-se por sua recusa, nesse momento, para que os autores possam trabalhar melhor o assunto, para que possam determinar o fator de pico, a amplificação dinâmica pela futura versão da norma (ou talvez comparar a amplificação dinâmica fornecida na versão de 1988 e na versão que sairá em breve).
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